quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
REVISÃO DE INGLÊS E SERVIÇOS DE SUPORTE À PUBLICAÇÃO
A Enago oferece três níveis diferentes de revisão de Inglês com base na qualidade linguística/técnica de seu manuscrito e suas necessidades. Nós já revisamos mais de 140.000 artigos científicos e atendemos a mais de 40.000 autores provenientes de 67 países diferentes.
3 Níveis de Revisão de Inglês que englobam todos os aspectos de seu artigo acadêmico/científico.
Os serviços de Revisão de Inglês abaixo são soluções definitivas e populares no setor editorial em geral, mas as diferenças entre as várias empresas que prestam esses serviços baseiam-se em detalhes que podem ser explorados em apenas um minuto. Os serviços abaixo são categorizados com base na lista de elementos revisados em cada uma das opções. Nós sugerimos que você analise cuidadosamente cada detalhe antes de decidir por qual serviço escolher.
Qualidade da Revisão Assegurada: Modelo de Revisão Dupla da Enago
No modelo de revisão dupla, dois revisores nativos de Inglês e especialistas na sua área de estudo trabalharão em seu documento, um após o outro. Cada revisor poderá verificar o manuscrito várias vezes antes de encaminhar o mesmo ao segundo revisor. A característica única desse modelo é que, em cada etapa da revisão, a linguagem e o conteúdo são revisados ao mesmo tempo. Conheça melhor os nossos revisores e os seus respectivos perfis.
Para um orçamento preciso e opções de
prazos para entrega de seu manuscrito,
por favor, preencha o formulário de
solicitação abaixo. Nossa equipe de Suporte ao Cliente entrará em contato em no
máximo uma hora.
A necessidade do modelo de Revisão Dupla:
- Alta qualidade na Revisão
- Entrega rápida
- Dois revisores é melhor que um. Saiba Mais
Áreas de Estudo
Nós revisamos manuscritos de várias disciplinas pertencentes à Medicina, Ciências da Vida, Ciências Exatas, Humanas e Sociais. Nosso time de revisores inclui profissionais especialistas em áreas interdisciplinares como, por exemplo, Sociobiologia.
sábado, 2 de novembro de 2013
35 TEXTOS PARA SE FAMILIARIZAR COM A LÍNGUA INGLESA
Coletânea de textos em inglês
Coletânea de textos :: Inglês
© Secretaria da Educação do Paraná
Av. Água Verde, 2140 - Vila Isabel
80240-900 - Curitiba - PR
41 3340-1500 - Localização
Superintendência de Desenvolvimento Educacional
Rua dos Funcionários, 1323 - Cabral
80035-050 - Curitiba - PR
41 3250-8100 - Localização
sexta-feira, 4 de outubro de 2013
HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA
Autoria:
Ricardo
Schütz
Atualizado em 01 de setembro de 2013
Atualizado em 01 de setembro de 2013
The history of every
language is unique, because each language is inherently bound to the thinking,
nature, and spirit of a people, all of which are continuously altered by the
twists and turns of events. (Crane, Yeager and Whitman. An
Introduction to Linguistics)
INTRODUÇÃO
A língua inglesa é fruto de uma história complexa e
enraizada num passado muito distante.
Há indícios de presença humana nas ilhas britânicas
já antes da última era do gelo, quando as mesmas ainda não haviam se separado
do continente europeu e antes dos oceanos formarem o Canal da Mancha. Esse
recente fenômeno geológico que separou as ilhas britânicas do continente,
ocorrido há cerca de 7.000 anos, também isolou os povos que lá viviam dos
conturbados movimentos e do obscurantismo que caracterizaram os primórdios da
Idade Média na Europa.
Sítios arqueológicos evidenciam que as terras
úmidas que os romanos vieram a denominar de Britannia já abrigavam uma próspera
cultura há 8.000 anos, embora pouco se saiba a respeito.
OS CELTAS
A história da Inglaterra inicia com os celtas.
Por volta de 1000 a.C., depois de muitas migrações,
vários dialetos das línguas indo-européias tornam-se grupos de línguas distintos,
sendo um desses grupos o celta. Os celtas se originaram presumivelmente de
populações que já habitavam a Europa na Idade do Bronze. Durante cerca de 8
séculos, de 700 a.C. a 100 A.D., o povo celta habitou as regiões hoje
conhecidas como Espanha, França, Alemanha e Inglaterra. O celta chegou a ser o
principal grupo de línguas na Europa, antes de acabarem os povos celtas quase
que totalmente assimilados pelo Império Romano.
A PRESENÇA ROMANA
Em 55 e 54 a.C. ocorrem as primeiras invasões
romanas de reconhecimento, sob o comando pessoal de Júlio César. Em 44 A.D., à
época do Imperador Claudius, ocorre a terceira invasão, quando então a
principal ilha britânica é anexada ao Império Romano até os limites com a
Caledônia (atual Escócia) e o latim começa a exercer influência na cultura
celta-bretã. Três séculos e meio de presença das legiões romanas e seus
mercadores, trouxeram profunda influência na estrutura econômica, política e
social das tribos celtas que habitavam a Grã Bretanha. Palavras latinas naturalmente
passaram a ser usadas para muitos dos novos conceitos.
OS ANGLO-SAXÕES
Devido às dificuldades em Roma enfrentadas pelo
Império, as legiões romanas, em 410 A.D., se retiram da Britannia, deixando
seus habitantes celtas à mercê de tribos inimigas do norte (Scots e Picts). Uma
vez que Roma já não dispunha de forças militares para defendê-los, os celtas,
em 449 A.D., recorrem às tribos germânicas (Jutes, Angles, Saxons e Frisians)
para obter ajuda. Estes, entretanto, de forma oportunista, acabam tornando-se
invasores, estabelecendo-se nas áreas mais férteis do sudeste da Grã-Bretanha,
destruindo vilas e massacrando a população local. Os celtas-bretões
sobreviventes refugiam-se no oeste. Prova da violência e do descaso dos
invasores pela cultura local é o fato de que quase não ficaram traços da língua
celta no inglês.
São os dialetos germânicos falados pelos anglos e
pelos saxões que vão dar origem ao inglês. A palavra England, por
exemplo, originou-se de Angle-land (terra dos anglos). A partir daí, a
história da língua inglesa é dividida em três períodos: Old English, Middle
English e Modern English. A segunda metade do século V, quando
ocorreram as invasões germânicas, marca o início do período denominado Old
English.
INTRODUÇÃO DO CRISTIANISMO
Em 432 A.D. St. Patrick inicia sua missão de levar
o cristianismo à população celta da Irlanda. Em 597 A.D., ao tempo do Papa
Gregório, a Igreja manda missionários para converter os anglo-saxões ao
cristianismo. O processo de cristianização ocorre gradual e pacificamente,
marcando o início da influência do latim sobre a língua germânica dos
anglos-saxões, origem do inglês moderno. Esta influência ocorre de duas formas:
introdução de vocabulário novo referente a religião e adaptação do vocabulário
anglo-saxão para cobrir novas áreas de significado. A necessidade de reprodução
de textos bíblicos representa também o início da literatura inglesa.
A introdução do cristianismo representou também a
rejeição de elementos da cultura celta e associação dos mesmos a bruxaria. A
observação ainda hoje de Halloween na noite de 31 de outubro é exemplo
remanescente de cultura celta na visão do cristianismo.
Àquele período, a Inglaterra encontra-se dividida
em sete reinos anglo-saxões e o Old English, então falado, na verdade
não era uma única língua, mas sim uma variedade de diferentes dialetos.
Os dialetos do inglês antigo de antes do
cristianismo eram línguas funcionais para descrever fatos concretos e atender
necessidades de comunicação diária. O vocabulário de origem greco-latina
introduzido pela cristianização expandiu a linguagem anglo-saxônica na direção
de conceitos abstratos.
Ao final do século 8, iniciam os ataques dos Vikings
contra a Inglaterra. Originários da Escandinávia, esses povos usavam de
violência e seus ataques causaram destruição em muitas regiões da Europa. Os
vikings que se estabeleceram na Inglaterra eram predominantemente provenientes
da região hoje pertencente à Dinamarca e falavam Old Norse, ancestral do
dinamarquês. Esses mais de 200 anos de presença de escandinavos na Inglaterra
naturalmente exerceram influência sobre o Old English. Entretanto,
devido à semelhança entre as duas línguas, torna-se difícil determinar esta
influência com precisão.
OLD ENGLISH (500 - 1100 A.D.)
Old English, às vezes também também denominado Anglo-Saxon,
comparado ao inglês moderno, é uma língua quase irreconhecível, tanto na
pronúncia, quanto no vocabulário e na gramática. Para um falante nativo de
inglês hoje, das 54 palavras do Pai Nosso em Old English, menos de
15% são reconhecíveis na escrita, e provavelmente nada seria reconhecido ao ser
pronunciado. A correlação entre pronúncia e ortografia, entretanto, era muito
mais próxima do que no inglês moderno. No plano gramatical, as diferenças
também são substanciais. Em Old English, os substantivos declinam e têm
gênero (masculino, feminino e neutro), e os verbos são conjugados.
A CONQUISTA DA INGLATERRA PELOS NORMANDOS NA
BATALHA DE HASTINGS
A Batalha de Hastings em 1066, foi um evento
histórico de grande importância na história da Inglaterra. Representou não só
uma drástica reorganização política, mas também alterou os rumos da língua
inglesa, marcando o início de uma nova era.
A batalha foi travada entre o exército normando, comandado
por William, Duque da Normandia (norte da França), e o exército anglo-saxão
liderado por King Harold, em 14 de outubro de 1066.
O predecessor de Harold havia tido fortes vínculos
com a corte da Normandia e supostamente prometido o trono da Inglaterra para o
Duque da Normandia. Após sua morte, entretanto, o conselho do reino apontou
Harold como sucessor, levando William a apelar para a guerra como forma de
impor seus pretensos direitos.
Veja como um artista do século 11 representou, em
tapeçaria, a travessia do Canal da Mancha pelas tropas de William:
A sangrenta batalha só terminou ao fim do dia, com
o Rei Harold e seus irmãos mortos e um saldo de 1500 a 2000 guerreiros mortos
do lado normando e outros tantos ou mais, do lado inglês.
William havia conquistado em poucos dias uma
vitória que romanos, saxões e dinamarqueses haviam lutado longa e duramente
para alcançar. Ele havia conquistado um país de um milhão e meio de habitantes
e provavelmente o mais rico da Europa, na época. Por esse feito ficou conhecido
na história como William the Conqueror.
O regime que se instaurou a partir da conquista foi
caracterizado pela centralização, pela força e, naturalmente, pela língua dos
conquistadores: o dialeto francês denominado Norman French. O próprio
William l não falava inglês e, por ocasião de sua morte em 1087, não havia uma
única região da Inglaterra que não fosse controlada por um normando. Seus
sucessores, William II (1087-1100) e Henry I (1100-1135), passaram cerca de
metade de seus reinados na França e provavelmente possuíam pouco conhecimento
de inglês.
Durante os 300 anos que se seguiram, principalmente
nos 150 anos iniciais, a língua de prestígio, usada pela aristocracia na
Inglaterra, foi o francês. Falar francês tornou-se então condição para aqueles
de origem anglo-saxônica em busca de ascensão social através da simpatia e dos
favores da classe dominante.
MIDDLE ENGLISH (1100 - 1500)
O elemento mais importante do período que
corresponde ao Middle English foi, sem dúvida, a forte presença e
influência da língua francesa no inglês. Essa verdadeira transfusão de cultura
franco-normanda na nação anglo-saxônica, que durou três séculos, resultou
principalmente num aporte considerável de vocabulário. Isto demonstra que, por
mais forte que possa ser a influência de uma língua sobre outra, esta
influência normalmente não vai além de um enriquecimento de vocabulário,
dificilmente afetando a pronúncia ou a estrutura gramatical.
O passar dos séculos e as disputas que acabaram
ocorrendo entre os normandos das ilhas britânicas e os do continente, provocam
o surgimento de um sentimento nacionalista e, pelo final do século 15, já se
torna evidente que o inglês havia prevalecido. Até mesmo como linguagem
escrita, o inglês já havia substituído o francês e o latim como língua oficial
para documentos. Também começava a surgir uma literatura nacional.
Muito vocabulário novo foi incorporado com a
introdução de novos conceitos administrativos, políticos e sociais, para os
quais não havia equivalentes em inglês. Em alguns casos, entretanto, já
existiam palavras de origem germânica, as quais, ou acabaram desaparecendo, ou
passaram a coexistir com os equivalentes de origem francesa, em princípio como
sinônimos, mas, com o tempo, adquirindo conotações diferentes. Exemplos:
Anglo-Saxão
|
Francês
|
Anglo-Saxão
|
Francês
|
Anglo-Saxão
|
Francês
|
Anglo-Saxão
|
Francês
|
|||
answer
ask begin bill chicken child clothe come doom |
respond
question commence beak poultry infant dress arrive judgement |
end
fair feed folk freedom ghost happiness heaven help |
finish
beautiful nourish people liberty phantom felicity paradise aid |
hide
holy house hunt kin kingly leave look mistake |
conceal
sacred mansion chase relations royal depart search error |
ox
sheep shut sight swine wedding wish work yearly |
beef
mutton close vision pork marriage desire labor annual |
Pequenas diferenças dialetais resultantes desta
simbiose entre diferentes grupos sociais e suas respectivas línguas podem ser
observadas ainda atualmente. Nos meios intelectuais das classes mais
privilegiadas dos países de língua inglesa existe até hoje uma tendência a um
uso maior de palavras de origem latina. De acordo com o norte-americano Pat
Brown, frequentador do fórum de discussões deste site,
The split
between the French-speaking Normans and peasant English-speaking Saxons still
exists today in a curious fashion. The Normans, as the conquerors and rulers,
became the upper-class of England and their speech metamorphosed into today's
well-educated English - composed primarily of Latin-based vocabulary. The
common everyday speech of most modern English speakers however is still
directly based on the Anglo-Saxon.
Além da influência do francês sobre seu
vocabulário, o Middle English se caracterizou também pela gradual
perda de declinações, pela neutralização e perda de vogais atônicas em final de
palavra e pelo início do Great Vowel Shift.
THE GREAT VOWEL SHIFT
Uma acentuada mudança na pronúncia das vogais do
inglês ocorreu principalmente durante os séculos 15 e 16. Praticamente todos os
sons vogais, inclusive ditongos, sofreram alterações e algumas consoantes
deixaram de ser pronunciadas. De uma forma geral, as mudanças das vogais
corresponderam a um movimento na direção dos extremos do espectro de vogais,
como representado no gráfico abaixo.
PRONÚNCIA
ANTES DO SÉCULO 15 |
PRONÚNCIA
MODERNA |
|
fine /fi:ne/
hus /hu:s/
ded /de:d/, semelhante a dedo em
português
fame /fa:me/, semelhante à atual pronúncia de father
so /só:/, semelhante à atual pronúncia de
saw
to /to:/, semelhante à atual pronúncia de toe
|
/fayn/
house /haws/
deed /diyd/
/feym/
/sow/
/tuw/
|
O sistema de sons vogais da língua inglesa antes do
século 15 era bastante semelhante ao das demais línguas da Europa ocidental,
inclusive do português de hoje. Portanto, a atual falta de correlação entre
ortografia e pronúncia do inglês moderno, que se observa principalmente nas
vogais, é, em grande parte, consequência desta mudança ocorrida no século 15.
MODERN ENGLISH (a apartir de 1500)
Enquanto que o Middle English se
caracterizou por uma acentuada diversidade de dialetos, o Modern English
representou um período de padronização e unificação da língua. O advento da
imprensa em 1475 e a criação de um sistema postal em 1516 possibilitaram a
disseminação do dialeto de Londres - já então o centro político, social e
econômico da Inglaterra. A disponibilidade de materiais impressos também deu
impulso à educação, trazendo o alfabetismo ao alcance da classe média.
A reprodução e disseminação de uma ortografia
finalmente padronizada, entretanto, coincidiu com o período em que ocorria
ainda a Great Vowel Shift. As mudanças ocorridas na pronúncia a partir
de então, não foram acompanhadas de reformas ortográficas, o que revela um
caráter conservador da cultura inglesa. Temos aí a origem da atual falta de correlação
entre pronúncia e ortografia no inglês moderno. D’Eugenio assim
explica o que ocorreu:
O processo de padronização da
língua inglesa iniciou em princípios do século 16 com o advento da litografia,
e acabou fixando-se nas presentes formas ao longo do século 18, com a
publicação dos dicionários de Samuel Johnson (figura ao lado) em 1755, Thomas Sheridan em
1780 e John Walker em 1791. Desde então, a ortografia do inglês mudou em apenas
pequenos detalhes, enquanto que a sua pronúncia sofreu grandes transformações.
O resultado disto é que hoje em dia temos um sistema ortográfico baseado na
língua como ela era falada no século 18, sendo usado para representar a
pronúncia da língua no século 20. (319, minha tradução)
Da mesma forma que os primeiros dicionários
serviram para padronizar a ortografia, os primeiros trabalhos descrevendo a
estrutura gramatical do inglês influenciaram o uso da língua, incorporando
conceitos gramaticais das línguas latinas e trazendo uma uniformidade
gramatical. Durante os séculos 16 e 17 ocorreu o surgimento e a incorporação
definitiva do verbo auxiliar do para frases interrogativas e
negativas. A partir do século 18 passou a ser considerado incorreto o uso de
dupla negação numa mesma frase como, por exemplo: She didn't go neither.
SHAKESPEARE
William Shakespeare (1564-1616), representou uma
forte influência no desenvolvimento de uma linguagem literária. Sua imensa obra
é caracterizada pelo uso criativo do vocabulário então existente, bem como pela
criação de palavras novas. Substantivos transformados em verbos e verbos em
adjetivos, bem como a livre adição de prefixos e sufixos e o uso de linguagem
figurada são frequentes nos trabalhos de Shakespeare.
Ao mesmo tempo em que a literatura se desenvolvia,
o colonialismo britânico do século 19, levava a língua inglesa a áreas remotas
do mundo, proporcionando contato com culturas diferentes e trazendo novo
enriquecimento ao vocabulário do inglês.
Desde o início da era cristã até o século 19, seis
idiomas chegaram a ser falados na Inglaterra: Celta, Latim, Old English, Norman
French, Middle English e Modern English. Essa diversidade de influências
explica o fato de ser o inglês uma língua menos sistemática e menos regular,
quando comparado às línguas latinas e mesmo ao alemão. Poderia nos levar a
concluir também que o inglês de hoje pode ser comparado a uma colcha feita de
retalhos de tecidos de origem das mais diversas.
AMERICAN ENGLISH
A esperança de alcançar prosperidade e os anseios
por liberdade de religião foram os fatores que determinaram a colonização da
América do Norte. A chegada dos primeiros imigrantes ingleses em 1620, marca o
início da presença da língua inglesa no Novo Mundo.
À época da independência dos Estados Unidos, em
1776, quando a população do país chegava perto de 4 milhões, o dialeto
norte-americano já mostrava características distintas em relação aos dialetos
das ilhas britânicas. O contato com a realidade de um novo ambiente, com as
culturas indígenas nativas e com o espanhol das regiões adjacentes ao sul,
colonizadas pela Espanha, provocou um desenvolvimento de vocabulário diverso do
inglês britânico.
Hoje, entretanto, as diferenças entre os dialetos
britânicos e norte-americanos estão basicamente na pronúncia, além de pequenas
diferenças no vocabulário. Ao contrário do que aconteceu entre Brasil e
Portugal, Estados Unidos da América e Inglaterra mantiveram fortes laços
culturais, comerciais e políticos. Enquanto que o português ao longo de 4
séculos se desenvolveu em dois dialetos substancialmente diferentes em Portugal
e no Brasil, as diferenças entre os dialetos britânico e norte-americano são
menos significativas.
O INGLÊS COMO LÍNGUA DO MUNDO
Fatos históricos recentes explicam o atual papel do
inglês como língua do mundo.
Em primeiro lugar, temos o grande poderio econômico
da Inglaterra nos séculos 18, 19 e 20, alavancado pela Revolução Industrial, e
a consequente expansão do colonialismo britânico. Esse verdadeiro império de
influência política e econômica atingiu seu ápice na primeira metade do século
20, com uma expansão territorial que alcançava 20% das terras do planeta. O British
Empire chegou a ficar conhecido como "the empire where the sun
never sets" devido à sua vasta abrangência geográfica, provocando uma
igualmente vasta disseminação da língua inglesa.
Em segundo lugar, o poderio político-militar do EUA
a partir da segunda guerra mundial e a marcante influência econômica e cultural
resultante, acabaram por deslocar o francês como língua predominante nos meios
diplomáticos e solidificar o inglês na posição de padrão das comunicacões
internacionais. Simultaneamente, ocorre um rápido desenvolvimento do transporte
aéreo e das tecnologias de telecomunicação. Surgem os conceitos de information
superhighway e global village para caracterizar um mundo no qual uma
linguagem comum de comunicação é imprescindível.
RESUMO CRONOLÓGICO
·
10.000 - 6.000 a.C. - Sítios arqueológicos evidenciam a presença do homem nas terras que
encontravam-se ainda unidas ao continente europeu e que os romanos
posteriormente viriam a denominar de Britannia.
·
1.200 - 600 a.C. - Celtas se estabelecem na Europa e ilhas britânicas, marcando a partir
daí sua presença na Europa por cerca de 8 séculos, antes de sua quase completa
assimilação pelo Império Romano.
·
55 e 54 a.C. -
Primeiras incursões romanas de reconhecimento, sob o comando de Júlio César.
·
44 A.D. -
Legiões romanas, à época do Imperador Claudius, invadem e anexam a principal
ilha britânica.
·
50 A.D. - Os
romanos fundam Londinium às margens do Tâmisa.
·
410 A.D. -
Legiões romanas se retiram das ilhas britânicas para defender Roma de ataques
dos bárbaros.
·
432 A.D. - St.
Patrick inicia sua missão de cristianizar a Irlanda.
·
450 - 550 A.D. - Tribos
germânicas (anglos e saxões) se estabelecem na Britannia após a saída das
legiões romanas. Início do período Old English.
·
500 - 1100 - Período que corresponde ao Old
English.
·
465 A.D. -
Suposta data de nascimento do lendário Rei Artur.
·
597 A.D. -
Chegada de missionários católicos para converter os anglo-saxões ao
cristianismo. Inicia o primeiro período de influência do latim na língua
anglo-saxônica.
·
600 A.D. - A
Inglaterra encontra-se dividida em 7 reinos anglo-saxões.
·
787 - 1000 A.D. - Ataques escandinavos (Vikings).
·
871 A.D. -
Coroação do King Alfred, rei dos saxões do oeste, reconhecido como rei da
Inglaterra após ter expulsado os Vikings.
·
1066 -
Batalha de Hastings, em que os franceses normandos, liderados por William,
derrotam Harold, conquistando a Inglaterra e dando início a um período de 350
anos de forte influência do francês sobre o inglês.
·
1066-1087 -
Reinado de William I (William the Conqueror), primeiro rei normando.
·
1087-1100 -
Reinado de William II, filho de William I e segundo rei normando.
·
1100-1135 -
Reinado de Henry I, também filho de William I, o terceiro rei normando e o
primeiro a ter uma esposa britânica (Mathilda of Scotland). É provável que
Henry I tivesse algum domínio sobre o inglês, e foi em seu reinado que as
diferenças entre as sociedades anglo-saxônica e normanda começaram a lentamente
diminuir.
·
1100 - 1500 - Período que corresponde ao Middle
English.
·
1204 - King
John, Rei da Inglaterra, entra em conflito com o Rei Philip da França, marcando
o início de um novo período de valorização do sentimento nacionalista inglês.
·
1300 - Robert
of Gloucester faz referência à língua inglesa como sendo ainda uma língua
falada na Inglaterra apenas por "low people".
·
1362 - Inglês
é usado, pela primeira vez, na abertura do Parlamento Inglês.
·
1400 - 1600 -
Período em que ocorrem com mais intensidade as mudança de vogais (Great
Vowel Shift).
·
1475 -
Advento da imprensa, dando início a uma padronização da ortografia e levando à
disseminação da forma ortográfica do dialeto de Londres.
·
1500 até hoje - Período correspondente ao Modern
English.
·
1516 -
Henrique VIII cria o primeiro sistema postal da Inglaterra.
·
1558 - Início
do reinado de Elizabeth I (filha de Henrique VIII) e da era elisabetana,
período caracterizado por um substancial aumento do vocabulário do inglês e
pelas monumentais obras literárias de Spenser, Shakespeare e Jonson.
·
1564 -
Nascimento de William Shakespeare.
·
1603 - Morte
de Elizabeth I e fim do período elisabetano.
·
1611 - A
Igreja da Inglaterra publica a King James Bible, que exerceu grande
influência na linguagem de então.
·
1616 - Falecimento
de William Shakespeare.
·
1620 - Os
Pilgrims chegam à America do Norte e estabelecem a Colônia de Plymouth.
·
1755 - Samuel
Johnson publica A Dictionary of the English Language, trazendo
estabilidade à língua inglesa.
·
1762 - Bishop
Robert Lowth publica Short Introduction to English Grammar, a primeira
gramática influente da língua inglesa.
·
1776 -
Declaração da independência dos Estados Unidos.
·
1700 - 1900 -
Revolução Industrial, a qual alavancou o poderio econômico da Inglaterra,
permitindo a expansão do colonialismo britânico e consequentemente da língua
inglesa no século 19.
·
1806 - Ano de
publicação do primeiro dicionário de Noah Webster: A Compendious Dictionary
of the English Language.
·
1890 - 1920 - Apogeu
do Império Britânico.
·
1928 - Ano de
publicação da primeira edição do Oxford English Dictionary (OED), em 12
volumes e contendo cerca de 415 mil entradas.
·
1945 - Fim da
segunda guerra mundial, marca o início de um período de influência
político-militar dos EUA e uma consequente influência econômica e cultural
decisiva para o papel do inglês como língua internacional nos dias de hoje.
·
1989 - Ano de
publicação da segunda edição do Oxford English Dictionary (OED), em 20
volumes e em CD-ROM, contendo mais de 500 mil entradas.
·
1985 - 1995 -
Surgimento da Internet.
BIBLIOGRAFIA
Cambridge, Corpus Christi College 140 [WSCp], Lord's Prayer - a translation of
the Gospels written in Bath in the first half of the 11th century; edited by
Liuzza (1994). Read by Cathy Ball (Department of Linguistics, Georgetown
University) for Edward Vanetten's Sunday School class.
<http://www.georgetown.edu/ faculty/ballc/oe/paternoster-oe.html>. Online
Oct 21, 2003.
Crack, Glen Ray. Battle of Hastings 1066 <http://battle1066.com/>.
Online. June 27, 2001.
Crane, L. Ben, Edward Yeager and Randal L. Whitman. An Introduction to
Linguistics. Boston: Little, Brown & Co., 1981.
Crystal, David. The Cambridge Encyclopedia of the English Language.
Cambridge University Press, 1999.
D'Eugenio,
Antonio. Major Problems of English Phonology. Foggia, Italy: Atlantica, 1982.
Encarta 97 Encyclopedia. Microsoft, 1997.
McArthur, Tom. The Oxford Companion to the English Language. Oxford, 1992.
Norton-Taylor, Duncan. The Celts. Time Inc, 1974.
Wallbank, T. Walter, Alastair M. Taylor and Nels M. Bailkey. Civilization Past
and Present. Scott, Foresman & Co., 1962.
OUTROS SITES SOBRE A HISTÓRIA DO INGLÊS:
The
History of English in Ten Minutes - A look
at the history of the English language in video by the Open University. link
English
Through the Ages - Very complete text
plenty of linguistic information and sample texts in Old and Middle English. link
Não deixe de citar a fonte. Diga não ao
plágio.
O uso dos materiais publicados neste site é livre. Lembramos apenas que
todos devem respeitar a ética acadêmica citando a fonte e informando o endereço
do site, para que outros possam também explorá-lo bem como ter acesso às
atualizações e complementações que fazemos diariamente.
COMO FAZER UMA CITAÇÃO DESTA PÁGINA:
Schütz, Ricardo. "História da Língua Inglesa." English Made in Brazil
<http://www.sk.com.br/sk-enhis.html>. Online. 01 de stembro de 2013.
Observe que ao citar textos encontrados na internet, é necessário colocar a data, devido às frequentes
alterações que os mesmos podem sofrer.
Assinar:
Postagens (Atom)